CHAMA
Aquela luz tênue
ao fundo do lago,
parece levar-me inerte
a um abismo gelado.
O enrubescer do sol posto,
outrora dourado, célebre
suga minha alma em alvoroço,
tudo escurece, desaparece, perece...
Agora pela janela
a lua cor de prata
entra pela fresta,
e me invade magnífica.
Em seguida tenho o amanhecer
para a luz própria devolver-me
Tenho o azul do céu
e beija-flores sugando mel.
A luz brilha intensa,
a plenitude é imensa
e nada há que cesse a chama
que inflama a bela deusa.
O amanhecer me ressuscitou...
Leonel
Autor do poema - Leonel Neto / 43 anos Relações Públicas -Professor de Sociologia e Português - Colunista do blog.
